15° Capítulo

>> quarta-feira, 11 de agosto de 2010

- O que você está fazendo aqui Gabriel?- perguntei surpresa.
- Os caras me pegaram, me encontraram em Santos- disse com um sorriso meia boca
- E por que trouxeram você aqui? - estava confusa demais.
- Eles querem saber do Yan, pelo visto, estão correndo atrás da morte do muleque- disse Gabriel dando de ombros- E me parece que viramos um centro de referência a morte, ainda mais depois do acidente.
- Não fala assim...
- Mas é verdade, estão me acusando de homícidio culposo, por isso vim aqui para São Paulo.
- Nossa, eu não acredito...
- Pois é, talvez eles queiram só o seu depoimento, já que eu que estava dirigindo...
- Caralho, eles não podem te acusar, FOI UM ACIDENTE- tinha me perdido naquele momento, a fúria contra aqueles cuzões só se fazia aumentar- VOCÊS ENTENDERAM, UM ACIDENTE, NÓS A AMAVAMOS, AMAMOS...

Nesse momento de estouro, a porta se abriu, entrou um policial e se dirigiu diretamente a mim:

- A senhora está liberada, pode passar na recepção e pegar os seus documentos...
- Não vou a lugar nenhum sem o Gabriel...
- Relaxa Anna, vai pra casa, você está muito nervosa, e outra meu pai está aqui já- disse Gabriel sorrindo- está com o delegado.
- Mas Gabis...
- Por favor Anna, você vai estar me ajudando lá fora...com seus amigos, eu vou precisar de você quando tudo isso acabar.
- Está bem, eu vou, mas eu não vou te abandonar- caminhei até ele e o beijei no rosto, sussurrei em seu ouvido:" não faça mais nenhuma merda,por você, pela Flá e por mim"

Sai da delegacia com um peso enorme, como minha vida mudará nesses últimos dias, como o retorno dos meus amigos me trouxera até aqui, minha vida mudara, e isso tudo me levava a uma pessoa: Brad. Sim, ele de uma forma ou de outra foi o segundo maior causador disso tudo, a primeira fui eu mesma...mas não o culpava, isso não e nem poderia; de certa forma, ele sempre foi sincero comigo, desde o escândalo na festa de Cabelo à última noite que se antecedeu. Eu me levei a isso, e não me arrependo, eu precisava me sentir viva, amada, livre e feliz...tudo isso eu pude sentir ao lado de Flávia. Em meio a essas reflexões havia chegado em casa, abri a porta e minha irmã veio me receber:


- Porra Anna, o que tá pegando?
- Nada, assunto meu.
- Nada? você saiu daqui com dois policias e me diz nada?- disse Babi indiginada- meu, sou sua irmã, você pode confiar em mim...
- Eu sei Babi, só não quero falar disso agora..
- Então quando você quiser contar, vou ouvir...falando em ouvir, seu "amigo" voltou aqui e me disse pra ficar tranquila, que tudo ia se resolver e saiu correndo, achei que tivesse ido para a delegacia atrás de você!
- Ele me deixou na portaria...
- Ah, então ele te esperou lá esse tempo todo e você nem o convidou pra subir, coitado, ele saiu afobado...
- Pois é, também não quero falar dele...
- Mas eu vou falar...ele te ama Anna, dá pra ver nos olhos...
- Mas eu não o amo mais...
- Dúvido, você quer saber de uma coisa, eu tô sabendo da história toda e não me pergunte como, mas você vai ouvir...
- Não me enche...
- Você pode até achar que ama a Flávia e não dúvido disso, mas saiba que em casos assim, as pessoas confundem o gostar com amar, e eu acho que esse é o seu caso.
- HAHA, como você pode me dizer? você nem sabe da minha vida, nem me conhece...
- Só quem sabe e passou pela mesma dor de amor que entende- disse Babi, ignorando meus protestos- e eu minha querida, já passei, e mais, posso ver nos seus olhos o brilho quando ele está por perto ou quando é mencionado, não confunda minha irmã o gostar com amar, você estará somente se enganando...
- NÃO QUERO SEUS CONSELHOS...SAI DA MINHA CASA- gritei com Babis
-Sabe, entendo sua dor, seu lamento, mas ele viu como foi te perder, não deixe que outra perda aconteça em sua vida novamente- disse Babi por fim e saiu.

Entrei no meu quarto e vi meus diários na cama. Pior que os meus diários terem sido lidos sem minha permissão, foi Babi ter me dito todas essas semi-verdades. Estava me sentindo violada como meus pensamentos mais íntimos foram violados pela minha pequena grande irmã.

4 comentários:

Willian Lopes de Sousa Augusto 12 de agosto de 2010 às 00:27  

Ate q ponto o amor se difere do gostar? ate q ponto a amizade se separa da paixão?
Simplesmente foda!! o lado mais agressivo da ana ta demais! ela abandonou a mocinha q só guarda apartir de agora parece q ela estara livre pra ser qm é ou ao menos se encontrar!
e o q o gabs qr com ela ? como assim ela pode ajuda-lo la fora?
ahh cada dia mais fenomenal!

Unknown 12 de agosto de 2010 às 06:03  

eeeh
as pessoas às vezes acham q amam e nem sabe o que é isso, na verdade.

a ana só foi no embalo da personalidade da flavia e acha q foi amor... tadinha


aguardando pelos proximos post

flws

@Vehfire 12 de agosto de 2010 às 12:25  

Ontem nem deu pra comentar! Ahh, mas adorei esse envolvimento e essas verdades que a babis disse pra Anna!

Pc Guimarães 17 de agosto de 2010 às 01:45  

Se fosseminha mãe tinha levao uma surra! 'hunfs

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